segunda-feira, 20 de junho de 2011

Parmalat – Mamíferos



Um grande e marcante momento da publicidade nacional são os mamíferos da Parmalat. A campanha é da agência DM9DDB e as peças marcaram o ingresso da criatividade em um novo setor, o de caráter singelo. A mensagem de carinho foi uma ótima forma de passar a informação de uma forma direta e também emocional. Afinal, quem não gosta de filhotes fofinhos? A sensibilidade do consumidor fica a flor da pele quando esses comerciais são lembrados.

A idéia para a campanha surgiu das imagens que o fotógrafo norte-americano Tom Arma já tinha produzido para o Greenpeace em defesa dos animais ameaçados de extinção. Ele usava crianças de 8 meses a 3 anos para passar compaixão e sensibilizar o público. As fotos foram parar nas mãos de Erh Ray, diretor de arte da agência na época. O publicitário mostrou as imagens a Nizan Guanaes e os dois contrataram o próprio fotógrafo para fazer as primeiras imagens da campanha. No início surgiram críticas por não ser um trabalho original, mas eles adaptaram uma idéia para outros fins, afinal, a publicidade é sempre apropriada à época.

Foi feito ainda um comercial com o fenômeno do skate Sandro Dias, para os canais de esporte da televisão por assinatura. Neste, os mamíferos aparecem como sem fossem treinadores do skatista. No fim, o conceito que passa é que Mineirinho, (como é conhecido em seu meio), ficou forte porque ele tomou o leite Parmalat dados por seus treinadores.

Em 1996, devido o grande sucesso, a agência resolveu criar uma nova campanha com as mesmas crianças que já estavam mais crescidas. A aceitação foi tão boa que invadiu os mercados estrangeiros onde a Parmalat atua. Além dos anúncios, comercias e peças de ponto-de-venda a empresa investiu em merchandising com o lançamento dos mesmos bichinhos só que de pelúcia. “Queriam que eu fizesse a vaquinha, mas eu não quis. O gambá era mais legal. Tinha um rabão”, afirma Renata Pati com seus 3 anos de idade e autora também da frase mais marcante da publicidade: “Tomou?”. Um fato curioso é que essa frase não estava no roteiro. O menino que fazia o gatinho não queria tomar o leite no copo, mas a menina falou de uma forma tão espontânea que os editores resolveram deixar. Até hoje essa campanha é lembrada de uma forma carinhosa por adultos e crianças, mostrando que a publicidade brasileira consegue ser além de muito criativa, delicada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário